domingo, 2 de maio de 2010

Confissão


Hoje eu escutei, por acidente, uma música de que gosto muito e sempre evito escutar. Daquele tipo de música com a qual eu sempre me identifico, que me faz voltar ao tempo e pensar no presente com muito medo do futuro. Então eu percebo que para algumas coisas, nao importa o quanto o tempo passe, elas sempre estarão lá. Então eu estrago tudo. Estrago os bons momentos de lembranças boas com pensamentos rancorosos de situações mal resolvidas e logo me irrito comigo mesma, e para fugir das reflexições inevitáveis, eu mudo a música e de assunto. Procuro algo pra me ocupar e disfaçar mais uma vez, continuar fingindo pra mim que está tudo bem e se não estiver, que eu nem me importo o bastante para utilizar tempo pensando no assunto. E nessas horas eu percebo que sou mesmo uma fralde. Uma fralde como todas as outras pessoas, vivendo num mundo real e fazendo de conta que a historinha ainda não chegou ao fim e que uma tal de fada madrinha vai aparecer qualquer hora dessas, para então o conto de fadas acontecer. Eu sempre estrago tudo por não conseguir fazer com que o que é tão bem resolvido no mundo das idéias, venha fazer sentido no coração tambem. E eu sempre estrago tudo por não ser prática o suficiente e por ainda ter esse tal de coração.E sigo estragando tudo, com uma taça de vinho e a voz da Paula Toler ao fundo.

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