Na semana em que meu time de amigas solteiras tornou-se menor eu fui tomada por uma onda de sentimentos contraditórios. Logo eu, que sempre falei compulsivamente, tenho estado introspectiva, ocupada em tentar entender a confusão que se instalou em mim nos útimos tempos. Logo eu , sempre tão segura e prática, tenho estado sem saber exatamente qual curva tomar na próxima esquina. Nunca valorizei tanto minhas horas de sono como agora, embora sinta a mesma falta de sempre das companhias desejadas. Tenho me cobrado decisões, tempo perdido, resoluções de ano novo atrasadas... embora tenha pensado também que o mundo não vai acabar amanhã e que não é inteligente deixar-se tomar pela ansiedade. Tenho visto, escutado, percebido e sentido acontecimentos que me conduzem a um sentimento de urgência quase angustiante, ao mesmo tempo que me acalmo e penso que as horas são dádivas aos que não se limitam ao barulho dos ponteiros prisioneiros da vida e da alma... confusão! É por isso, por essa avalanche de coisas para serem ditas, que eu me calo. Me calo mesmo querendo falar, porque as palavras são mágicas e só dizem o que querem e não o que desejamos. Sentimentos não se traduzem em palavras pois estas possuem vida própria e só dizem o que querem dizer, não importa se é isso que você gostaria de falar, ou mesmo de ouvir. As palavras não são minhas nem de ninguém, elas não possuem dono. As palavras são livres e, por isso mesmo não tem estado por aqui.
domingo, 22 de agosto de 2010
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